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Algumas ideias sobre literatura infantil

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A grande coisa da Literatura Infantil, ou da feita para crianças, é que ela é feita por adultos para crianças. 

De uma certa forma, é o domínio do código que faz com que isso acontença. E, por vezes, eu espero que seja isso mesmo. 

Tantas vezes vemos textos feitos especialmente para ensinar isso ou aquilo para crianças; penso que é a experiência de vida que ensina. Logo, as narrativas para crianças têm de falar de vida. E aí, as lições vem. Também da percepção, também do entendimento.

Divertir? Claro, por que não?

Mas, antes de tudo, mexer. O propósito da arte das palavras é essa. Para crianças, tal e qual. 

Literatura para crianças, antes de tudo, tem de ser sabida como uma conversa com elas. E também como um toque de sensibilidade para chegar além dos olhos.

Pietra

Pós-graduanda, Estudos Literários

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Eu nunca pensei que poderia escrever. Assim, profissionalmente, ou pelo menos, direito, para um público.

Na verdade, fiz muita prosa doutrinária, escrevendo sobre espiritualidade e caminhos assim. Achava que literatura mesmo era para os poucos privilegiados, publicados e a coisa toda… Resumindo: literatura não era mim.

E foi quand eu resolvi gazer o corso lat0-sensu em Estudos Literários. Razão: estudo de gêneros na alfabetização das crianças. Oras bolas, se vc faz uma coisa, bom que conheça os meandros da coisa. Lá fui eu, feliz da vida que, quem sabe, fosse saber um pouco mais sobre a poesia que tanto se fala, se faz, mas pouco se entende… romances… poxa, poderia entrar no NaNoWriMo. Fora os outros, contos, crônicas, cartas.

Estilística foi a primeira matéria e eu achei que teria um troço, que não deveria estar ali. De Saussere a Bahktin, tudo era russo, grego, francês para mim! Comecei o curso pensando que deveria fazer Letras e deixar aquilo tudo pra trás… Mas, se eu tinha conseguido lidar com 4 anos de Pedagogia, 18 meses de Estudos Literários, teria que dar.

Então, vieram os estudos de gêneros, algumas questões de linguística e semi-ótica. Foi quando tudo fez sentido.

Descobri, por exemplo, que hoje, pouco faz diferença o suporte que usamos para a Literatura. Também aprendi que para fazer um texto ser poético, ele não precisa ser um poema (que mts vezes correm o risco de serem meio vazias, sem talento, sabe?). Tudo que importa é envolver e usar bem as palavras. Um bom autor é o que sabe como representar um pensamento em boas escritas.

E aprendi que sou uma pessoas de 2 gêneros, preponderantemente: a conto e a crônica. Penso, inclusive que cada entrada de blog tem um lance de cronista.

Conhecer um gênero a fundo significa poder estudar meandros, técnicas e fazeres, além de um tanto histórico. Afinal de contas, um romance nem sempre foi um romance, certo, Dom Quixote?

E, no fim das contas, descobri que tudo isso é igual quando se escreve para crianças.

A literatura tem de ser uma semente. Um texto tem de plantar algo dentro da gente. Uma reflexão, um novo texto…

Palavras são sim, uma grande invenção do homem.

Pietra

Oi!

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Olá, eu sou o Gato de Lápis!

Este é um espaço de leitura e de escrita – para os adultos. Para as crianças, pode ser também um espaço de leitura e escrita, mas que também pode permitir todo tipo de produção, afinal, para que limitar as crianças somente à palavra quando sabem 100 linguagens diferentes?

Nós, adultos, também sabemos. Mas nem sempre, ou quase nunca, lançamos mão disso.

O Gato de Lápis é um espaço de entendimento, estudo e fruição da palavra e da linguagem pelas crianças e dos adultos.

Acredito piamente que textos e fazeres para crianças são como para os adultos, pois somos todos pessoas… mas geralmente, com as crianças, existe mais movimento, mais hipóteses, mais cores e mais vontade de fazer acontecer e vibrar. Então, o que está aqui não é só para os pequenos, mas para os grandes, que ainda tem vontade de experimentar a maravilha.

E por quê do Gato de Lápis? Bom, eu tenho 3 gatos, amo gatos e gosto da forma com que contam histórias. Em suas voltinhas e em sua comunidade felina, os gatos aprendem e contam muitas coisas. Aqui, Xico, o amarelo, é o mais velho dos gatos. Ele é grande, paciente e gentil. Gosta de correr para o banheiro quando alguém vai lá, o que já rendeu um bom conto. A Luna é a gata do  meio. Ninguém usa a oralidade como a Luna. Conta tudo o que se passa, faz perguntas. É comilona. Não gosta de colo, mas ama um chamego! Por fim, tem a Lily. Pequenina e canelada, veio faz pouco tempo. Em alguns momentos, não tenho muita certeza se ela sabe que se chama Lily. Mas posso dizer que é curiosa. Sobe em tudo, quer ver, saber, olhar. Mas nem sempre compartilha. Esse time todo é acompanhado de perto pela Matilda. Cachorrinha preta e magrela, que acredito não saber que é um cachorro, já que sempre viveu com gatos. Matilda é rápida, serelepe e está sempre procurando uma brincadeira – muitas vezes, um biscoito também. Todos juntos, fazem uma família. Uma que conhece coisas que humanos não conhecem. Só que, com os humanos, conheceram o lápis. E hoje me ajudam, e muito, nas escritas e nos estudos.

O Gato de Lápis, escreve, claro. Mas também lê, resenha, recomenda. Pois aqui acreditamos que tudo é preciso: talento, inspiração, técnica e estudo.

Matilda

Vamos? Peguemos nossos lápis, quero dizer, no caso aqui é uma lapiseira 0.7 rosa =) E mãos e olhos à obra

Luna

Lily

E estou aqui pensando em qual dos meus 3 gatos se tornará o símbolo do Gato de Lápis =ˆ..ˆ=

Xico

Pietra